Oristóbio tem alergia ao PNA e jamais leu a Normam-12. Acredita que é prático desde antes de nascer, quando já navegava em águas restritas na barriga de sua mãe.
Ele está em campanha para salvar as antigas tradições do mar e, por isto, ele cedeu parte do material de seu recém-criado curso de praticante de prático para divulgação:
2009-02-27
ENQUETE: A praticagem brasileira, jurássica?
Em meio a uma onda de ataques contra a praticagem, deflagrada em boa medida pelos solavancos da economia mundializada, uma ideia atribuída a um executivo do transporte marítimo me marcou pela contundência: a de que a praticagem não passa de um dinossauro.
Quando alguém atribui a outro o rótulo de "dinossauro", chama-o de anacrônico, um fóssil vivo, fascinante, mas superado. Não se trata de uma crítica, mas de um ataque. O que importa é ferir o interlocutor.
Pondo de parte estas conotações, permanece a pergunta: os serviços de praticagem no Brasil são, de forma geral, jurássicos?
Se a resposta é afirmativa, quais seriam os motivos, e como seria possível mudar?
Se, por outro lado, a resposta for negativa, o que teria levado um armador a se expressar deste modo?
Foi por isto que escolhemos este tema para nossa primeira enquete. Com isto, oferecemos a quem nos visita a possibilidade de interagir conosco e com os outros visitantes de um modo diferente da maioria dos blogs.
Se você tiver sugestões para nossas enquetes, mande um comentário. Quem sabe a próxima enquete pode ser a sua!
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A sua participação é importante!
Este blog está disponível para todos que tenham interesse em praticagem.
Não importa se você só ouviu falar de praticagem há dois minutos ou se nem sequer se lembra de como era sua vida antes de ser prático, teremos alguma coisa para todo mundo sobre praticagem.
Você pode até ser contra a praticagem, ou os práticos, seja qual for a razão. Mas não deixe de participar.
O que pedimos é que haja respeito. Respeito ao universo do blog. Respeito ao próximo. Respeito às ideias do próximo.
Não importa se você só ouviu falar de praticagem há dois minutos ou se nem sequer se lembra de como era sua vida antes de ser prático, teremos alguma coisa para todo mundo sobre praticagem.
Você pode até ser contra a praticagem, ou os práticos, seja qual for a razão. Mas não deixe de participar.
O que pedimos é que haja respeito. Respeito ao universo do blog. Respeito ao próximo. Respeito às ideias do próximo.
ARTIGO: Pensar global, agir local
Os conflitos que envolveram de algum modo a praticagem brasileira nos últimos meses, por conta das tarifas e do processo seletivo, trouxeram à tona tanto mentiras quanto verdades sobre esta atividade milenar e pouco conhecida.
Um fato essencial que parece ser ignorado por boa parte do público é que a atividade de praticagem é, a um só tempo, global e local.
Com 95% do comércio exterior brasileiro transportado por via marítima, os práticos são peças essenciais na interação entre o Brasil e o mundo, ao assegurar, na esmagadora maioria dos casos, que navios feitos para o alto-mar consigam transitar com segurança e eficiência em águas restritas, conhecidas de poucos.
Estes sucessos são obtidos todos os dias, a despeito dos problemas estruturais vividos por quase todos os portos brasileiros no que tange a seus acessos aquaviários, inadequados para o trânsito de navios de maior porte.
Se o Brasil cresceu como exportador, um dos fatores para isto foi a capacidade técnica da praticagem brasileira, que também avançou nos últimos cinco anos para acompanhar as transformações do transporte marítimo ocorridas em todo o mundo e servir melhor a seu patrão -- a segurança da navegação.
E isto sem um centavo de incentivo público.
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