2009-02-27

ENQUETE: A praticagem brasileira, jurássica?


Em meio a uma onda de ataques contra a praticagem, deflagrada em boa medida pelos solavancos da economia mundializada, uma ideia atribuída a um executivo do transporte marítimo me marcou pela contundência: a de que a praticagem não passa de um dinossauro.

Quando alguém atribui a outro o rótulo de "dinossauro", chama-o de anacrônico, um fóssil vivo, fascinante, mas superado. Não se trata de uma crítica, mas de um ataque. O que importa é ferir o interlocutor.

Pondo de parte estas conotações, permanece a pergunta: os serviços de praticagem no Brasil são, de forma geral, jurássicos?

Se a resposta é afirmativa, quais seriam os motivos, e como seria possível mudar?

Se, por outro lado, a resposta for negativa, o que teria levado um armador a se expressar deste modo?

Foi por isto que escolhemos este tema para nossa primeira enquete. Com isto, oferecemos a quem nos visita a possibilidade de interagir conosco e com os outros visitantes de um modo diferente da maioria dos blogs.

Se você tiver sugestões para nossas enquetes, mande um comentário. Quem sabe a próxima enquete pode ser a sua!

Um comentário:

Anônimo disse...

Caros leitores, fico realmente indignado com as falácias que estão sendo disparadas pela mídia sobre a praticagem. Para aqueles que dizem que a praticagem é ultrapassada em termos econômicos-administrativos-operacionais, e por isso precisa de uma mudança ou intervenção política, é no mínimo desinformado. Podem falar o que quiserem, buscarem as mais diversas justificativas (inconsistentes), mas no fundo o que se quer é a otimização do ganho dos armadores. E consequentemente, existirão ganhos indiretos para outros setores. Tais interesses tendenciosos e nada ideológicos, pois se assim fossem reconheceriam que a praticagem está organizada da melhor forma possível, visam confrontar o práticos com a opinião pública. Porém, omitem fatos importantíssimos, como o fato de que os práticos são na verdade autônomos (empresários) que prezam acima de tudo pela segurança da navegação e que a tal reformulção da praticagem penas beneficiaria os armadores (e alguns políticos). Se pesquisarem de forma imparcial verão como as praticagem no Brasil estão em conrformidade com as praticagens estrangeiras equivalentes. O que não pode é comparar praticagens incompatíveis como foi feito no tendencioso estudo FGV para a SEP. Não se deixem levar pela emoção e sentimento de "absurdo" que está sendo implantado na mente das pessoas. Em vez disso invistam na possibilidade de serem práticos, se assim desejarem, mas não culpem os práticos por algo que eles têm de direito.

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