2009-03-05

ACIDENTES: o caso do "Cosco Busan" (1)

O cenário é o porto de Oakland, na baía da San Francisco, costa oeste dos Estados Unidos.

O dia é 7 de novembro de 2007. São 0800 h. A visibilidade não excede 400 metros.

O navio é o Cosco Busan, um porta-contêineres de 275 m de comprimento por 40 metros de boca, com a bandeira de Hong Kong.

A bordo, o prático conduz a desatracação do navio, que segue para a Coreia do Sul.

Cerca de 25 minutos depois, o navio se aproxima do vão Delta-Echo da ponte que liga a ilha de Oakland a San Francisco.


Por volta das 0830 h, o navio atinge as defensas do pilar Delta com o costado de bombordo. Um rombo de quase 40 metros se abre a vante de meia-nau. Dois tanques de combustível vazam. Mais de 200 mil litros de óleo pesado se espalham ao longo de 60 km de costa e matam cerca de 2.500 aves de aproximadamente 50 espécies.

Calcula-se que o dano monetário imediato foi da ordem de US$ 75 milhões - mais de US$ 70 milhões apenas para remover o óleo do ambiente.

O prático teve de renunciar à sua habilitação e enfrenta processo penal por crimes estaduais e federais. Seis tripulantes permanecem detidos nos EUA como "testemunhas materiais". A proprietária do navio alega que a culpa foi da Guarda Costeira - um caso incomum, se não único, de tentar responsabilizar um governo por acidente de navegação com prático a bordo.

Como isto foi acontecer?

Este é o primeiro de uma série de posts sobre este acidente, que pode mudar os rumos da praticagem nos EUA e no mundo.

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